A história do Brian e da Molly surgiu em um desafio de contos. Era setembro e o perfil romancelp no wattpad sugeriu um concurso de contos com a temática do setembro amarelo.
Para quem não conhece assim como o outubro rosa que é a campanha de conscientização de prevenção ao câncer de mama, e o novembro azul que é a campanha de conscientização de prevenção ao câncer de próstata. Existe também o setembro amarelo que é a campanha de conscientização de prevenção ao suicídio.
Foi nessa época, a do setembro amarelo que o perfil do romancelp lançou o desafio de um conto com essa temática. Eu embarquei nessa aventura pois a pouquíssimo tempo eu havia lido uma notícia de um jovem que faleceu jogando em uma lan house.
Fiquei chocada com essa notícia, e foi algo que me abalou bastante porque eu tenho muitos amigos e conhecidos gamers. E isso não é um assunto muito tratado no Brasil, talvez porque temos outros tipos de problemas como segurança, carência na saúde, corrupção, entre outros, que provocam muito mais mortes no nosso país atualmente.
Mesmo assim o vício de tecnologia é nos dias de hoje um problema que vem aparecendo em diversas idades, e cada vez mais frequente. Em alguns países asiáticos e nórdicos é responsável por muitos problemas de saúde e até a morte de parcelas significativas da população mais jovem.
Tudo isso me motivou a escrever o conto do Brian, meu objetivo foi alertar aos meus leitores de que muitas das vezes aquilo que pensamos “Ah não vai acontecer nada”, ” É só uma noite em claro”, ” Estou de férias posso ficar jogando direto, quando voltarem as aulas eu volto para a rotina”, não é bem assim… Sabe?
Seu corpo precisa de descanso, seu corpo precisa se alimentar, precisa se exercitar e você precisa sim beber muita água.
Eu sei que essas frases aí de cima são sempre vistas como o sermão de mãe. Nem eu dava muita atenção aos avisos da minha mãe na adolescência, e a maioria dos adolescentes tem aquele momento em que está pagando para ver. Só que a real é que as vezes isso pode nos custar muito caro. Custou a vida de um asiático que estava apenas jogando e sabe lá de quantos outros.
Eu sempre estou muito preocupada com o que eu vou passar em uma história, uma coisa que é muito importante para mim é a mensagem. Muitas das vezes as pessoas não dão atenção no sermão da mãe e do pai, mas quando se colocam nos sapatos de um personagem conseguem enxergar a vida com outros olhos.
Esse foi o meu objetivo ao escrever esse livro, alertar para a questão do suicídio proveniente de vícios tecnológicos.
Além disso, eu também sempre me preocupo em fazer uma critica pessoal em minhas histórias. É aquele momento em que eu consigo organizar as minhas ideias e dizer para o mundo exatamente o que eu acho que está errado.
Foi aí que apareceu a Molly. Na época em que escrevi o conto eu estava em uma vibe de ver filmes sobre robôs e uma coisa que muito me incomodava era todo o sentimentalismo e como a indústria cinematográfica força a barra em querer colocar máquinas para ter sentimentos.
Como engenheira de controle e automação isso é algo que me revolta. Vi filmes em que robôs eram representados como humanos, outros em que robôs se comportavam como um animal de estimação. Poucos são os filmes que são fidedignos a ciência e mostram os robôs exatamente como aquilo que eles são, simplesmente máquinas.
Isso foi a minha critica pessoal nesse livro, eu sei que eu posso ter revoltado muitas pessoas, mas ACREDITE! Molly realmente não sabe amar. E não saberá até o dia em que a ciência consiga criar consciência.
A maioria das pessoas não compreende o quão difícil é essa ideia de se criar consciência e por isso se deixam levar pela ficção. Não vou dizer que é impossível, pois nada nesse mundo é impossível para quem tem um objetivo. Mas eu realmente não vejo isso num futuro próximo nem da gente nem do Brian. Por isso a minha critica no livro.
A Molly não sabe amar não importa o quanto você queira se iludir com isso.
Me levou um tempinho assando essa história na minha mente. Mesclar esses dois temas não foi algo que eu construí do dia para a noite. Por sorte o desafio me deu vários dias para conseguir trabalhar em cima das duas temáticas que eu queria trabalhar.
Na realidade eu gostei muito desse conto, fiquei muito feliz em conseguir passar a mensagem dele e ainda por cima incluir uma romance infantil super fofo e inocente.
Acho todos os personagens desse conto super fofos e espero que um dia eu possa transformá-lo em um livro, porque às vezes sinto que essa história ainda tem muito para contar.

One thought on “Acredite! Molly realmente não sabe amar.”

  1. Acho que o título dessa publicação é para mim. Kkk Lembro que eu dizia que a Molly tinha algum sentimento.

    Muito bom o texto!

    O propósito do conto é importantíssimo, pois o assunto sobre suicídio por motivos de passar horas jogando não é algo tão discutido, que os leitores consigam se conscientizar sobre isso.
    Já sobre os robôs, melhor eu nem comentar. Kkkk

    Preciso reler esse conto que é um amorzinho. <3

Deixe uma resposta